Os juros mais baixos no Brasil, não são atrativos para o capital externo quanto aos investimentos voltados a renda fixa, resultando, em termos o dólar em nível mais alto, suportado pela saída de recursos do país. As perspectivas de redução de juros (redução da SELIC) consequentemente trazem aceno para o mercado, da pouca atratividade para as rendas fixas. Soma-se a isso, o momento “coronavirus’, que não só afetou a sociedade e as atividades econômicas no geral, como também, fez com que lampejos de reformas econômicas, em análise no Legislativo, que traziam esperanças de boas perspectivas quanto a “arrumação da casa” no que se refere a boa administração de orçamento público, fossem deixados em segundo plano, e finalmente temos a conturbada relação entre Poderes da República, ou seja, esse apanhado de situações e fatos, prejudica a captação e entrada de recursos, afetando a valorização do real. Difícil ter a simpática de investidores com esse cenário. A crise do “coronavirus” trouxe a tendência geral de juros baixos, e ai entram os fatores segurança e confiança do investidor como variáveis que lastreiam a boa economia
Isso tudo é verificado com a desvalorização cambial do primeiro trimestre que chegou praticamente a 29%, e no ano, até hoje, em aproximadamente 45%. Dessa forma, as empresas que dependem, em suas operações, de insumos importados, devem estar atentas para a questão cambial, além de administrar variáveis internas seja de mercado, seja operacional, seja de relação laboral, seja de quarentena, ou outras quaisquer, devem estar antenadas com o impacto dessa variação cambial em suas operações, e nos seus resultados.
A evolução natural da relação “SELIC _ dólar”, é a redução da SELIC e consequente redução de juros, causar o aumento do dólar. Aqui, as empresas que têm esse uso de itens importados em suas operações devem ter a atenção redobrada, pois a indicação do Copom - Comitê de Politica Monetária, é de que poderemos ter mais reduções da SELIC chegando a 2,75%. Dessa forma as projeções do dólar, por exemplo, para dezembro/2020, indicam a cotação média em R$ 6,88 e a máxima em R$ 6,92.
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