A arrecadação de tributos federais em 2022, chegou a R$ 2,3 trilhões com alta de 8,18%. Basicamente houve aumento na arrecadação do imposto de renda sobre capitais, base no resultado dos fundos e títulos de renda fixa considerando o bom rendimentos dos mesmos, tendo em vista os juros pagos suportados na variação da SELIC. Essa arrecadação foi de R$ 97,1 bilhões com aumento de 67,2% em comparação a 2021.
A arrecadação do SIMPLES NACIONAL também teve aumento de 12,54%, e a das receitas previdenciárias de 5,98%. Quanto ao SIMPLES atribui-se o aumento de arrecadação pela boa demanda em nichos de mercado onde temos forte atuação de empresas com essas características, principalmente no segundo semestre, e quanto as receitas previdenciárias pelo aumento do trabalho com carteira assinada.
Assim, analistas indicam que o aumento da arrecadação, segue o caminho do avanço do PIB que estima-se fechar 2022 em 3%.
Por outro lado, temos corrente que associa o crescimento da arrecadação ao aumento da inflação e da alta de juros, ou seja, os preços reajustados tem como um de seus componentes os impostos, de forma que aumento de preços resulta em aumento de arrecadação.
Em resumo, mesmo com forte desoneração tributária em 2022, considerando a retirada de tributos dos combustíveis, a redução linear do IPI, e reduções isoladas como no caso, por exemplo, do imposto de importação, a arrecadação cresceu, seja por fatores vinculados ao PIB, seja por fatores vinculados ao aumento de preços e de juros.
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