Em reuniões com empresas que nos procuraram recentemente, com foco em análise dos seus resultados para 2022, temos identificado três situações que parecem são recorrentes entre muitas empresas. Essas situações estão relacionadas a: o que não foi concretizado apesar dos esforços; o que não foi realizado mesmo com todo o apoio operacional; o que não saiu do jeito planejado.
Fato é que essas situações, na pratica, afetaram o resultado da operação e poderão trazer desdobramentos por mais algum tempo.
Analisando os dados numéricos das mesmas, seus planos originais, os planejamentos e estratégias de execução, e os mecanismos de acompanhamento e evolução do “projeto”, é fácil identificar falhas de concepção do mesmo, e ausência de ferramentas de correção de rumo com assertividade e agilidade.
O que, via de regra, não foi concretizado apesar dos esforços, teve um adicional de superestimação de projeções, considerando situações mercadológicas, e situações econômico financeiras relacionadas ao mercado de atuação da empresa.
O que não pode ser realizado mesmo com apoio operacional, tem vinculação direta com a factibilidade do que a empresa propôs realizar. Simulações, planos, projeções necessitam estar dentro de uma realidade que possa ser alcançada. Apoio operacional para plano não exequível é desperdício de recursos.
O que não saiu do jeito planejado está vinculado, raras exceções, a ausência de processos e procedimentos bem definidos, com políticas claras de divulgação aos envolvidos na operação, e normas periódicas de acompanhamento.
Com esse panorama à mesa, a questão é identificar onde a empresa estava em termos de mercado (market share) quando elaborou sua proposta de crescimento, bem como, a origem e qualidade dos dados com os quais trabalhou base para o projeto.
Nesse ponto, observamos que muitos desses planos de expansão, não tem, ou, não utilizam material que seja suporte a sua estratégia operacional, não há material direcionador de execução de etapas para o projeto, e não há ferramenta de acompanhamento e validação de resultados alcançados e a alcançar.
A questão fica, então, relacionada ao que chamamos de “ausência de pé no chão”, realidade dos fatos, projeto que tenha possibilidades concretas de execução e sucesso. Dados reais e realizáveis com qualidade devem ser a meta a alcançar.
Definindo-se onde se quer chegar, e analisando essa possibilidade, a empresa deve ter à mão, informações de mercado que possibilitem suas projeções de vendas, suas projeções de custos e despesas, a confecção de um “budget” . A empresa também deve observar o comportamento de possíveis concorrentes diretos ou indiretos, pois a experiencia deles na operação, pode dar a ela uma visão diferente de como realizar a sua oferta de mercadorias e serviços com rentabilidade e lucratividade. A questão não está relacionada a copiar estratégia ou “modus operandi”, mas sim ser crítico em algo que se planeja fazer e sabidamente não deu certo, mas pode ela, desenvolver uma forma diferente de realização – criatividade - e alcance de seus objetivos.
Controle financeiro é fundamental na operação, pois o lado psicológico, querendo ou não, começa a ser afetado quando o resultado não chega e os recursos vão acabando.
Assim, tenha atenção para os seguintes pontos: o que não foi concretizado apesar dos esforços _ faltou planejamento; o que não foi realizado mesmo com todo o apoio operacional _ faltou planejamento e controle com instrumentos de correção; o que não saiu do jeito planejado _ faltou processos e procedimentos.
Não erre novamente, tenha atenção a essas fases cruciais, do seu projeto de expansão.
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