Qualquer plano de investimento tem por objetivo principal detalhar os desembolsos a serem realizados na busca de concretizar determinado projeto. Teoricamente, esses planos, visam definir aonde e de que forma o capital será investido para se obter lucro ou o rendimento projetado. Com o plano confeccionado parte-se para o seu detalhamento quanto aos montantes de desembolso e em quais momentos eles devem ocorrer, comparando-se, em prazos pré determinados a evolução entre o que foi estimado para os gastos e o que foi efetivamente desembolsado – estamos falando do orçamento.
Nessa etapa do projeto é fundamental a política de racionalização dos gastos, sendo várias as alternativas para implementá-la, mas sempre com o cuidado de estarem atreladas ao ramo de negócio a ser desenvolvido ou explorado pela empresa.
Essa política de racionalização de gastos, necessita ter uma visão de ganhos por escala, sempre atrelada a eficiência operacional do produto fim a que se propõe o investimento.
Ferramenta importante para a implantação e operacionalização dessa política de ganhos e eficiência é a possibilidade de poder ratear gastos realizados na execução da operação. O conceito de rateio tem vinculação a, havendo possibilidade, dividir com terceiros dispêndios necessários na realização da operação da empresa.
Forma tradicional, quanto a utilização e atualmente com rentabilidade facilmente identificável está vinculada ao uso de condomínios para instalação do investimento. Esses condomínios são comumente conhecidos como condomínios industriais, mas suas instalações, dependendo da infraestrutura que possuem, estão aptas a receber outras atividades.
A instalação em condomínios, traz como primeira visão na análise de quem está buscando a alocação ou realocação o aspecto segurança. A portaria bem preparada e treinada propicia tranquilidade. Mas, outros aspectos devem ser observados na análise. Exemplo: manutenção das instalações, limpeza, profissionalismo no atendimento e na relação comercial, área de lazer para colaboradores, refeitório, etc....Importante o fato dessas disponibilidades de recursos materiais relacionados a propiciar mais produtividade e lazer aos colaboradores ter os gastos proporcionalizados com outros condôminos.
Na análise realizada pela empresa que busca alternativa de localização existem aspectos que ela necessita ponderar e que são exclusivamente de seu controle e avaliação. Esses aspectos têm relação direta com a rentabilidade e lucratividade da sua operação e não podem estar vinculados somente ao fato e pagar mais ou menos pela instalação ocupada.
A visão deve ser obrigatoriamente mais ampla. Quesitos a fazerem parte da mesma, devem passar por análise crítica quanto ao impacto da operação, por exemplo, nos investimentos de CAPEX ou de OPEX. Acompanhamos caso, que no aluguel da área, havia a possibilidade de se incluir como adendo contratual o aluguel de equipamentos operacionais. A empresa que estava analisando o investimento preferiu adquirir seus próprios equipamentos, investiu em CAPEX, como prioridade sobre alugar os itens, ou seja, trata-los como OPEX (despesa operacional). O momento tributário dessa empresa indicava que a possibilidade de enquadrar todo o gasto como OPEX seria o ideal (despesas reconhecidas mais rapidamente no seu resultado, associadas a possibilidade de créditos de PIS e Cofins, com mais alguns quesitos de planejamento propiciariam maior ganho). Essa situação comentada é importante para identificarmos a importância das análises marginais em um projeto de alocação ou realocação de atividades.
Outra questão com a qual normalmente nos deparamos é o enquadramento fisco-societário do estabelecimento a se instalar em condomínio, realizado de forma equivocada. Muitas vezes o melhor enquadramento seria como comércio atacadista, ou como depósito fechado, ou até como uma indústria pois os apontamentos fiscais e contábeis evidenciarão a operação manufatureira, mas a opção cadastral é contrária a atividade de fato realizada, e as vezes, até sem possibilidade de realização naquela determinada localização condominial por aspectos de meio ambiente.
A rentabilidade da operação passa obrigatoriamente pela racionalização de gastos que tem vinculação objetiva com a mecânica de rateio de despesas possível ao se instalar em condomínios. Adicionalmente a esse suporte para alcance da rentabilidade, temos os aspectos de segurança, manutenção, profissionalismos no atendimento, bem estar de colaboradores, clientes e fornecedores. Suportando essa avaliação, com execução preliminar a esses outros aspectos mencionados, temos o planejamento econômico, financeiro e tributário relacionado a essa instalação ou localização. Como verificamos acima, existem fatores nesse ponto de fundamental importância na decisão a ser tomada.
O fator preponderante não é somente mudar de endereço com redução de gastos pela localização, ou buscar instalações com melhor perfil de segurança, é fazer tudo isso com rentabilidade e lucratividade operacional.
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