Uma análise interessante de se acompanhar.
A questão do impacto da pandemia nos planos de saúde e nos estabelecimentos prestadores de serviços de saúde, coloca para aqueles que não acompanham com detalhes esse setor, uma situação que pode causar surpresas quando verificamos nos últimos meses a demanda de atendimento trazida pelo corona vírus.
No auge da pandemia, as operadoras de planos de saúde, tiveram resultados financeiros positivos em suas demonstrações, considerando os cancelamentos de procedimentos eletivos, ou seja, o desembolso dessas empresas foi reduzido, mas os recebimentos mantiveram sua normalidade, ou, até cresceram considerando a procura por eles. Como resultado, essas empresas apresentaram lucro. No mesmo período, os estabelecimentos que disponibilizam ou realizam serviços relacionados a saúde (hospitais, clinicas, laboratórios) tiveram resultados financeiros trágicos considerando que a conta com os pacientes acometidos pela covide-19 é menor se comparada aos custos que esses estabelecimentos tem com cirurgias, exames e acompanhamentos de alta complexidade.
Em resumo, o que temos é que o controle da pandemia traz uma mudança de comportamento relacionada, também, ao próprio setor de saúde, setor onde desde o início de 2020 a pandemia é, infelizmente, integrante com peso significativo, ou seja, o retorno quanto a prática de procedimentos rotineiros do setor, considerando ser a pandemia uma excepcionalidade, tem como suporte, a volta de pacientes aos consultórios, hospitais, clinicas, laboratórios, o que está possibilitando, agora, melhor resultado a esses estabelecimentos com atividades direcionadas a saúde, em detrimento do resultado, não tão ideal, dos planos de saúde que, remuneram essa volta dos pacientes e suas consultas e tratamentos.
Pensando no futuro, também para esse setor – setor de saúde - o foco deve estar centrado, mais do que nunca, na vacinação, no controle da variante delta, no urgenciamento de estudos sobre a necessidade da terceira dose, ou, de doses anuais de reforço da vacina, isso para que, inclusive, o próprio setor de saúde possa se precaver de possíveis impactos, possa ter e realizar planejamento estratégico a médio e longo prazo, incorporando a ele uma competente gestão financeira.
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