O Copom (Comitê de Política Monetária) que se reunirá nos próximos dias, deve optar, novamente, pela redução da taxa SELIC dos atuais 3,75%, para prováveis 3,25%.
Os cortes da taxa SELIC tem como efeito, via de regra, o aumento do consumo. Assim quando os juros tem queda, o valor da disponibilidade de créditos também tem redução o que obriga, principalmente, as pessoas físicas, mas não somente elas, que necessitam de um “fôlego de caixa” a buscarem empréstimos fazendo com que haja uma movimentação nessa disponibilização de recursos, ou seja, movimentação de numerário, o que pode aumentar a inflação, mas em taxas pequenas e controláveis, aquecendo dessa forma o consumo.
Por outro lado o corte da SELIC reduz o endividamento das empresas, e faz o investidor migrar do mercado de renda fixa para o mercado de renda variável, tendo em vista que a taxa SELIC pode não ser, no momento, tão atrativa para se obter retorno com baixo risco.
A queda que se estima deve ocorrer, tem suporte em alguns pontos importantes, como a baixa expectativa de inflação, e a sintonia com ações monetárias internacionais voltadas a derrubar os juros para se combater o momento econômico nada promissor. O cuidado na análise de projeções da SELIC fica por conta do aumento do endividamento do setor público com a manutenção, se não permanente, mas por previsível longo tempo, de gastos hoje rotulados como de combate ao coronavirus.
As empresas devem considerar em seus orçamentos para o segundo semestre, e nos ajustes dos orçamentos atuais, os impactos dessa variação da SELIC, caso possuam transações atreladas a mesma.
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