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A ESCASSEZ DE INSUMOS

Foto do escritor: Grupo Bahia & AssociadosGrupo Bahia & Associados

O “efeito pandemia” afetou, ou, afetará em dois momentos a questão relacionada a escassez de insumos. O primeiro momento teve relação com o desequilíbrio da oferta e da procura quando do início da pandemia e em vários meses de sua ocorrência, até que houvesse uma assimilação sobre os fatos reais trazidos pela mesma, e cuidados necessários para a sua administração. As definições e necessidades de paralização das atividades industriais pelo mundo, ocorreram sem a possibilidade de planejamento prévio quanto a oferta, e o pior, também restringiram possibilidades de planejamentos quando da retomada da economia e do consumo, até por desconhecimento do “inimigo – a pandemia”, de forma a criarem uma desarticulação da cadeia produtiva e de abastecimento.


O segundo momento ocorre pelo resultado do controle da pandemia, seja por isolamento e/ou por vacinação, com essa perspectiva de retomada centralizada nas economias que melhor administraram a crise, e isso ocorreu nas chamadas, grandes economias, como a China, os EUA, e a Europa, onde a demanda dá sinais concretos de aquecimento, com projeções positivas, de forma que para este momento, se espera que o poder econômico defina o caminho preferencial de abastecimento por esses insumos, ou seja, uma retomada desigual da atividade industrial.


Esse cenário faz com que o mercado internacional acena com reajustes de preços, por exemplo, para commodities metálicas como cobre, níquel, zinco e alumínio.


No mercado local, temos também como exemplo, o insumo aço, com demanda também aquecida, se comparada com o momento econômico, para setores como a construção civil, linha branca, automotivo, tubos, equipamentos agrícolas, o que leva a projeção de reajustes do mesmo na ordem de até 18%.


Assim, em um cenário macroeconômico, para alguns ainda de pandemia, e para outros de quase pós pandemia, é necessário administrar o fator custo, ou, o fator escassez, isso objetivando a manutenção da atividade industrial e econômica. Esses fatores são, e serão, a “bola da vez” para a retomada desigual da atividade industrial. Administrar custos ou administrar escassez esse é o grande desafio.

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