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PROGRAMA BRASIL SOBERANO

  • Foto do escritor: Grupo Bahia & Associados
    Grupo Bahia & Associados
  • 20 de ago.
  • 4 min de leitura

Lançado no ultimo dia 13/agosto/25, o Programa Brasil Soberano, trata de um conjunto de medidas, consideradas iniciais,  para reduzir  os impactos econômicos do tarifaço dos EUA relacionado aos produtos brasileiros.


Nesse plano temos grupos considerados seus pilares e que estão voltados a: fortalecimento do setor produtivo; proteção ao trabalho; diplomacia comercial e multilateralismo.


Para o fortalecimento do  setor produtivo temos as seguintes medidas:



Linhas de crédito


  • R$ 30 bilhões do Fundo Garantidor de Exportações (FGE) serão usados como funding para concessão de crédito permitindo taxas acessíveis.


  • Prioridades por: dependência do faturamento em relação às exportações para os EUA; tipo de produto e porte de empresa. Serão priorizados os mais afetados.


  • As pequenas e médias empresas também poderão recorrer a fundos garantidores para acessar o crédito.


  • O acesso às linhas estará condicionado à manutenção do número de empregos.


Prorrogação de prazos do regime de drawback


  • Extensão excepcional do prazo para comprovação da exportação de produtos fabricados a partir de insumos importados ou adquiridos no Brasil com suspensão tributária.


  • O governo vai prorrogar, por um ano, o prazo para que as empresas consigam exportar suas mercadorias que tiveram insumos beneficiados pelo regime. Esses produtos poderão ser exportados para os EUA ou para outros destinos. Com isso, elas não terão que pagar multa e juros se não conseguirem exportar aos EUA no prazo originalmente previsto.


  • A medida vale para as empresas que contrataram exportações para os Estados Unidos que seriam realizadas até o final deste ano. Dos US$ 40 bilhões exportados em 2024 para os Estados Unidos, US$ 10,5 bilhões foram realizados via regime de drawback.


  • A prorrogação não tem impacto fiscal, pois apenas posterga o prazo para cumprimento dos compromissos de exportação assumidos pelas empresas brasileiras.


Diferimento de tributos federais


  • A Receita Federal fica autorizada a fazer diferimento de cobrança de impostos para as empresas mais afetadas pelo tarifaço.


  • Como funcionará: adiamento do pagamento dos próximos dois meses para empresas mais afetadas.


Compras públicas: apoio a produtores rurais e agroindústrias


  • De forma extraordinária, por ato infralegal, União, Estados e Municípios poderão fazer compras para seus programas de alimentação (para merenda escolar, hospitais etc) por meio de procedimento simplificado e média de preço de mercado, garantidos a transparência e o controle dos processos.


  • A medida vale apenas para produtos afetados pelas sobretaxas unilaterais.


Modernização do sistema de exportação



  • Ampliação das regras da garantia à exportação, instrumento que protege o exportador contra riscos como inadimplência ou cancelamento de contratos.


  • As mudanças visam fortalecer empresas exportadoras de média e alta intensidade tecnológica e investimentos produtivos em economia verde.


  • O Plano Brasil Soberano permitirá que bancos e seguradoras utilizem essa garantia em mais tipos de operações.


  • Prevê mecanismos de compartilhamento de risco entre governo e setor privado, utilizando o Fundo Garantidor do Comércio Exterior (FGCE) como mecanismo de primeiras perdas, aumentando o acesso a crédito e reduzindo custos.


Fundos garantidores


  • Aportes adicionais de R$ 1,5 bilhão no Fundo Garantidor do Comércio Exterior (FGCE), de R$ 2 bilhões no Fundo Garantidor para Investimentos (FGI), do BNDES, e R$ 1 bilhão no Fundo de Garantia de Operações (FGO), do Banco do Brasil, voltados prioritariamente ao acesso de pequenos e médios exportadores.


Novo Reintegra para empresas afetadas



  • O Regime Especial de Reintegração de Valores Tributários (Reintegra) para as Empresas Exportadoras devolve aos exportadores brasileiros parte dos tributos pagos ao longo da cadeia produtiva, na forma de crédito tributário, ajudando a reduzir custos e aumentar a competitividade no mercado externo.


  • A medida antecipa os efeitos da Reforma Tributária, desonerando a atividade exportadora.


  • Atualmente, empresas de grande e médio porte de produtos industrializados têm alíquota fixada em 0,1%; enquanto micro e pequenas, por meio do programa Acredita Exportação, recebem de volta 3% de alíquota.


  • A medida aumenta em até 3 pontos percentuais o benefício para empresas cujas exportações de produtos industrializados foram prejudicadas por medidas tarifárias unilaterais. Ou seja, para continuarem competitivas no mercado norte-americano, grandes e médias empresas passam a contar com até 3,1% de alíquota, e as micro e pequenas, com até 6%.


  • As novas condições do Reintegra valerão até dezembro de 2026 e terão impacto de até R$ 5 bilhões.


Para a proteção ao trabalho temos as seguintes medidas:


  • Acompanhamento dos diagnósticos, estudos e informações relativas ao nível de emprego nas empresas e subsetores diretamente afetados pelas tarifas dos EUA.


  • Ampliação da análise para identificar impactos indiretos na geração e manutenção de empregos em empresas da cadeia produtiva.


  • Monitoramento das obrigações, benefícios e repercussões nas folhas de pagamento decorrentes de acordos para preservar empregos e mitigar os efeitos das tarifas dos EUA.


  • Promoção da  negociação coletiva e mediação de conflitos para manter o emprego.


  • Aplicação dos mecanismos relacionados a situações emergenciais, como lay-off e suspensão temporária de contratos, dentro da lei.


  • Fiscalização do cumprimento das obrigações acordadas e a manutenção dos empregos por meio da Inspeção do Trabalho.


  • Utilização da estrutura regional das Superintendências do Trabalho para engajar trabalhadores e empregadores em negociações para atender às necessidades das empresas afetadas.


  • Monitoramento da concessão e o pagamento de benefícios trabalhistas aos empregados das empresas diretamente afetadas.


Para a diplomacia comercial e multilateralismo temos:


  • Negociações concluídas: União Europeia; EFTA (Associação Europeia de Livre Comércio).


  • Em negociação: Emirados Árabes Unidos e Canadá


  • Em processo de diálogo: Índia; Vietnã.

 
 
 

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