COLUNA DO CEO DO GRUPO BAHIA ASSOCIADOS JORGE BAHIA
Analisando todos os dados disponíveis sobre a economia, temos indicativos que 2018 apresentará um crescimento mais sólido. Essa possível solidez projeta crescimento na ordem de 3%. Fatores como o ano político, tendo em vista as eleições, e a necessidade de avanço na agenda de reformas que parece emperrar são, sem dúvida, inibidores de uma melhor perspectiva.
Tudo indica que o consumo das famílias, retraído por anos, e componente destacado na grande recessão que vivenciamos, será o carro chefe do crescimento, atrelando ao consumo eventos relacionados a reposição e manutenção dos estoques, consequente acelerador da produção e consequente gerador de empregos e renda.
Assim, a recuperação parece ter seu caminho bem delineado, basta torcermos para efeitos políticos e efeitos relacionados as contas públicas não interferirem nessa retomada econômica.
O setor industrial demonstra modesto crescimento para o quarto trimestre de 2017, mas mesmo modesto, isso é um alento mediante vários períodos de queda e perspectivas negativas, são onze trimestres de recessão. As vendas externas foram uma das boas alternativas que o setor identificou e explorou para assegurar as estimativas positivas, e que deve continuar explorando para 2018.
O setor de construção civil e de infraestrutura também teve forte impacto com a crise dos últimos anos, considerando que aqui temos um fator que afeta diretamente a avaliação, fator esse relacionado ao corte dos investimentos públicos. Notamos nessa fase a importância da abordagem quanto ao equilíbrio das contas públicas, sem esse equilíbrio, faltam recursos para investimentos, sem recursos não temos obras necessárias, por exemplo, para a mobilidade urbana, para o escoamento de safras agrícolas, para a habitação, e tantas outras obrigações do Estado para com a sociedade e para com o cidadão.
Avalia-se, então, as privatizações que emperram nas questões novamente políticas por fatores vários como a exploração do emocional da população quanto a ser aquela determinada empresa a ser privatizada propriedade do cidadão e aceitar a privatização é aceitar que o cidadão abra mão do seu patrimônio propondo-se manter o patrimônio sem recursos para a sua manutenção operacional, sem recursos para o seu desenvolvimento de forma a não poder enquadrá-lo, em muitos casos, em necessário patamar tecnológico ficado ele defasado nesse quesito.
Temos, também nesses casos, a avaliação quanto ao ato de privatizar tirar do governo uma forte moeda de troca que está relacionada a colocar no comando da empresa em avaliação um correligionário que pode gerar eventos interessantes a classe política a ele vinculada ou até mesmo as esferas governamentais com a qual mantém relacionamento. Esse é um ponto de atenção para 2018, ou seja, recursos para investimento e geração de resultados básicos para a população.
Já o setor de comércio, impulsionado pelo consumo das famílias, cujo suporte, entre outros fatores, teve a liberação de recursos do FGTS e do PIS, associados ao recuo da inflação e queda da taxa de juros indica crescimento de 1,6%. Para o próximo a
no as estimativas demonstram ser favoráveis.
Finalizando, a agricultura, também apresenta boas estimativas para 2018, o que aquece a cadeia do agronegócio (agrobusiness) composta por produtores rurais, fornecedores de insumos, executores de processamento, distribuidores e comerciantes desses produtos.
Jorge Bahia, consultor e sócio proprietário do Grupo Bahia Associados – bacharel em administração de empresas, contador, consultor de empresas, palestrante, professor em cursos profissionalizantes, sócio proprietário do Grupo Bahia Associados, com experiência profissional de mais de 20 anos em empresas multinacionais atuando na área fiscal, tributária, contábil e controladoria.
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