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AJUSTES FISCAIS E AJUSTES MONETÁRIOS – IMPACTOS PARA AS EMPRESAS

  • Foto do escritor: Grupo Bahia & Associados
    Grupo Bahia & Associados
  • 13 de dez. de 2024
  • 3 min de leitura

Atualmente é muito comum se escutar, aos quatro cantos, comentários e referências aos ajustes fiscais do governo. As abordagens são, via de regra, relacionadas ao mercado não aceitar à contento, as medidas fiscais do governo para ajustes de seus gastos. Nesse sentido surgem duvidas do que seriam essas medidas fiscais, o que estaria ai contemplado. Principalmente para as empresas, quais os impactos nesse universo de informações.


Basicamente as chamadas medidas fiscais do governo são ações e iniciativas dele próprio ( governo) destinadas a administração e controle do seu orçamento, de forma que ele (orçamento) possa ter perfeito equilíbrio, assim como perfeita segurança quanto as suas despesas e receitas, manter um equilíbrio entre elas. Essas medidas tem como objetivo, fazer com que haja efetiva contribuição para o desenvolvimento econômico do país, similarmente a uma empresa, gasta-se o que está dentro de um orçamento base em informações sólidas de receitas e despesas. Quando a percepção, pelo mercado, é de que o Governo não está totalmente sob o controle dessas ações, ou seja, vai gastar mais do que arrecada, ou, as medidas de contenção parecem tímidas para o cenário atual, há uma certa perda de confiança, e isso não é ponto positivo pois traz desiquilíbrio a fatores importantes na economia como juros, como câmbio, como investimentos, etc.....


Tecnicamente falando, essas medidas fiscais, ou, políticas fiscais, estão vinculadas a planos de governo, ou, na impossibilidade de implantar esses planos da forma que se julgue ideal, estão vinculadas à busca do crescimento econômico, ou, moderação desse crescimento dentro de estudos que indiquem o impacto da economia decrescer muito ou crescer moderadamente, e com segurança. Ai temos as medidas identificadas como expansionistas que buscam de alguma forma estimular e incentivar, o crescimento da atividade econômica e o aumento do consumo. Via de regra a proposta aqui é aumento de gastos públicos que pode estar vinculado a redução de impostos. Temos também as medidas classificadas como contracionistas, cujo objetivo é segurar a economia, e ai a solução fica vinculada a redução de gastos públicos que podem ter como parte das ações o aumento de impostos.


A questão, politicamente falando, fica por conta de como apresentar, ou, divulgar essas formas de realinhamento da economia para a população. Não é muito receptivo divulgar que os gastos públicos irão diminuir, mas os impostos poderão aumentar, a percepção pode ser de que, por exemplo, vai diminuir o suporte à educação, à saúde, a segurança, ao transporte, mas os impostos poderão ter ou manter ritmo de crescimento. Já, por outro lado, é bom divulgar que os gastos públicos irão aumentar e os impostos reduzirão, mas aqui o ponto central é saber qual o limite desse processo, pois o governo não conseguirá aumentar gastos, sem arrecadar, e como a divulgação via de regra está vinculada a redução de impostos, qual o limite da redução e qual o limite do aumento de gastos para atender as demandas da população, a frustação da população pode penalizar significativamente quem prometeu e não cumpriu.


Correndo em paralelo devemos considerar os posicionamentos da autoridade monetária, pois até agora, falamos de medidas fiscais, quanto a, corta ali, aumenta ali, remaneja ali, ou seja, independente da medida ser contracionista ou expansionista, o que diz a autoridade monetária, quanto ao fluxo de recursos financeiros para bancar essas situações.


Assim, no rol das medidas contracionistas temos como suporte, o aumento das taxas de juros e a redução do crédito, ações sob a gestão do Banco Central, e que visam reduzir o consumo, e consequentemente ter controle sobre as altas da inflação, de forma a fortalecer a moeda. Essas iniciativas devem ser efetivadas com o máximo de atenção, pois fora do bom senso, causam perda de investimento, redução da atividade econômica, e aumento do desemprego, entre outros efeitos.


Já, em uma política expansionista temos também, ações que estão sob a gestão do Banco Central, como a redução da taxa de juros, que gera o aumento da disponibilidade de crédito, que pode gerar um aumento da inflação, mas por outro lado pode diminuir o desemprego, mas pode também, enfraquecer a moeda pois uma oferta grande de bens e serviços resulta em perda de valor dessa moeda (efeito câmbio).


Essas variáveis todas, para as empresas, trazem o impacto diretamente relacionado a controle orçamentário, a atenção as mutações dos fatos econômicos que estão a sua volta e diretamente relacionados ao seu mercado de atuação, a agilidade para mudanças no seu planejamento estratégico, a previsões de ocorrências que alterem premissas bases de seu plano de negócios. Que ações tomar mediante medidas contracionistas, ou, expansionistas?


Agora, quando a informação estiver vinculada a “ajuste fiscal do governo”, ou, “política fiscal do governo”, já temos uma ideia do pode ocorrer, e de onde devemos manter atenção para questões relacionadas as operações da empresa, devemos de maneira consistente, em termos de dados a processar, vincular as informações sobre o ajuste fiscal, com as informações sobre o ajuste monetário.

 
 
 

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